Foto retirada do site Olhares
Sempre naquele mesmo lugar e dia sem perceber nos encontrávamos.
Sempre nas sexta-feira. Pois, era o dia que voltava para casa de meus Pais. Após uma semana de trabalho e fora da minha cidade, retornava para visitá-los. Onde meus pais moravam não tinha empregos o suficiente. Então tive que procurar fora dali.
E por incrível que parecesse, aquele senhor sempre estava lá.
Calmo tranquilo, esperando seu ônibus para retornar para algum lugar. Pois, nunca me atrevi em perguntar para onde ia e nem sequer puxava assunto com ele.
No início ficava preocupada. Pois enquanto esperava meu ônibus, ele me olhava, talvez, porque sentisse voltade de conversar. Mas nunca dei a oportunidade.
Sentia um certo medo e receio. Pois, quem não sentiria. Diante de tantos problemas de assaltos, assédios, e outros problemas a mais, que acontecem neste mundo de Deus, que todo o cuidado é pouco. Sentia na pele um certo calafrio passando, pois entre um olhar e outro, ele sempre me olhava. Sozinha, naquele ponto de ônibus, quem não sentiria.
Discretamente o homem olhava em seu relógio. Talvez preocupado com a demora de sua condução. Pois estávamos ali a um tempo, pelo visto. Mas não demonstrava preocupação. Talvez para ele já era normal. E eu me perguntava- Porque este ônibus não chega?O que será que houve?
Quase 9horas da noite e nada. Ali sentada, eu aguardando, quase que impacientemente, com aquela companhia que eu mal conhecia.
Apesar da espera, e o medo, que passava em meu coração, me sentia tranquila. Pois tinha ali alguém a espera de um ónibus.
Talvez quem passe por ali, não teria coragem de mexer comigo. Pois sem saber quem era o homem que ali estava, de alguma forma me sentia segura dentro do meu intimo. pois não estava sozinha naquele banco de espera. E ninguém se atreverse fazer alguma coisa.
Preocupada, começava a mexer em meus cabelos, enrolando e desenrolando, até que de repente ao longe avistei o tão esperado ônibus vindo. Quanto alivio! Enfim, estaria voltando para casa.
Para a 21ª edição do mil palavras
11 comentários:
Esta é mais uma participação nas palavras mil. Agradeço a todos que passaão por aqui. assim que puder vou retribeui os carinhos.
Estava sem internet.
Assim que normlaizar tudo iri dar um cheirinho em cada um.
Muito obrigada pela sua companhia.
sandra
Querida amiga Sandra, muitas vezes temos medo que quem não devemos, e não temos medo de quem devemos, mas hoje em dia em quem podemos confiar? Ou será que aquele senhor não impediu alguem de lhe fazer algum mal? Perguntas sem resposta. O importante é que o onibus chegou...Beijocas
O medo, a angústia e a apreensão andam juntas nesse dias tão estranhos. A gente pode cometer uma injustiça com alguém que só quer o bem, como também pode se dar mal, sendo receptivo com alguém suspeito. É uma espécie de encruzilhada sinistra. Abração, Sandra. Paz e bem.
Nesses tempos em que tudo pode acontecer a qualquer momento, realmente deve-se sempre desconfiar de pessoas desconhecidas. Mas, claro, às vezes elas podem ser pessoas boas, mas até provar isso, eu sempre fico meio desconfiada...
bju =D
Muito legal,Sandra, tua participação.Boa sorte!beijos e já postei, mesmo em férias...chica
Boa Participação! Quantas vezes, não fazemos isso? ficamos receosos das pessoas.. esse pânico e medo de desconhecidos que sentimos atrapalha toda a nossa vida!
beijo
Agradeço de coração a todos que vieram. Me perdoem, mas não pude responder.
problemas na net.
Fico muito feliz que estiveram comigo
sandra
Chica,
que bom te ver de novo. Fico muito feliz com a tua presença.
Carinhosamente,
Sandra
Com certeza Ju, não podemos confiar muito. São muitas coisas acontecendo.
Um grande abraço,
sandra
Marili,
Caca,
Wendy,
Todo o cuidado é pouco. Infelizmente, o Mundo devereia ser de Paz, Luz e alegria. Mas o medo ainda reveste tudo isso.
Obrigada pelo carinho e presença de vcs.
sandra
Sandra minha amiga muito bom texto.
Aqui para nós muita coragem de estar num ponto de ônibus, numa sexta feira à noite e com um estranho. Uffa.!!! Não repare slou medrosa mesmo.
Boa Sorte!!
Beijos e boa semana
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